Detido em novembro do ano passado por suspeita de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais, José Sócrates pôs este domingo, pela primeira vez, o pé na rua, desde que passou para prisão domiciliária, depois de nove meses preso na cadeia de Évora.
Outro dos presos mediáticos a votar nas eleições legislativas foi o ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e ex-ministro socialista Armando Vara, detido no âmbito da “Operação Marquês”, por suspeitas de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção passiva.
Também o ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, em prisão domiciliária desde o passado dia 24 de julho, saiu para votar.
O acesso à mesa de voto aos detidos em prisão domiciliária foi determinado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) em 2013.
“Aos cidadãos eleitores detidos em regime de prisão domiciliária não é aplicável o regime especial de votação previsto para os internados em estabelecimento prisional. A estes cidadãos deve ser facultado o acesso à assembleia de voto”, lê-se na deliberação tomada a 19 de Setembro de 2013 pela Comissão Nacional de Eleições e divulgada em setembro pelo organismo, em comunicado.