Aos 41 anos, Ricardo Mourinho Félix tem uma carreira feita no Banco de Portugal, onde entrou nos quadros permanentes em 1998, a convite de então futuro ministro das Finanças, Vítor Gaspar, de quem tinha sido estagiário. Hoje é coordenador da área de Economia Portuguesa daquela instituição.
Apesar do seu currículo profissional e até de algum percurso político – é militante do PS desde os 18 anos e foi membro da Assembleia Municipal de Setúbal – o seu nome de família ameaça persegui-lo, se vier a tornar-se deputado. É que este economista é primo direito de treinador do Chelsea.
Sexto na lista do PS por Setúbal, irá para São Bento, se os socialistas conseguirem chamar a si o novo deputado a que aquele círculo tem agora direito.
Primos pelo lado paterno (o pai de Ricardo é irmão do de José Mourinho), não se vêem com frequência. Mas falam-se, de vez em quando, ao telefone. O treinador do Chelsea não costuma fazer visitas longas a Setúbal. E Ricardo desencontrou-se recentemente, em Londres, do primo que, por azar, tinha ido em serviço para Liverpool.
Ricardo Félix deu alguma ajuda no cenário macro-económico do PS. E, das proposta que o seu partido apresenta nesta área, destaca o chamado imposto negativo, o complemento salarial anual para famílias de baixos recursos, que será recebido em sede de IRS.
Se chegar a São Bento, este economista tem em carteira para apresentar algumas propostas relativas ao seu distrito, como o recomeço das obras de expansão do terminal 21 de Sines, suspensas pelo atual Governo, e que ele acha fundamentais para aumentar a capacidade daquele porto.
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