Num comunicado divulgado pelas agências de notícias russas, o Ministério da Defesa da Rússia diz ter abatido cinco mísseis e danificado um sexto dispositivo, cujos destroços – caídos perto de uma instalação militar não especificada – provocaram um incêndio, não existindo registo de vítimas ou danos.
Kiev ainda não confirmou a utilização destes mísseis de longo alcance contra a região de Bryansk. Contudo, as forças ucranianas já tinham confirmado, esta terça-feira, um ataque do exército ao arsenal de Karachev, em Bryansk. “A destruição de depósitos de munições para as forças de ocupação russas, com o objetivo de pôr fim à agressão armada da Rússia contra a Ucrânia, vai continuar”, pode ler-se num comunicado do Estado-Maior da Ucrânia, que afirma terem sido ouvidas várias explosões e detonações.
A notícia surge depois de o presidente norte-americano ter autorizado, este fim de semana, a Ucrânia a utilizar os mísseis de longo alcance, fabricados nos Estados Unidos, para atacar a Rússia. A decisão de Joe Biden surge na sequência de um acordo, realizado em maio, sobre a utilização de armas fabricadas nos EUA para atacar o lado russo da fronteira, mas que não incluía – até ao passado domingo – os mísseis ATACMS (Army Tactical Missile Systems, no original).
Na sequência da autorização do uso dos mísseis pela Ucrânia, Vladimir Putin assinou esta terça-feira um decreto que alarga a possibilidade de utilização de armas nucleares.