Se a Ucrânia está a ser atacada militarmente, a Rússia está a sê-lo informaticamente. O grupo hacker Anonymous declarou guerra contra os russos, saindo em defesa do povo ucraniano.
O grupo de piratas informáticos já reivindicou os inúmeros ataques a sites russos, incluindo do governo, do Kremlin e do ministério da Defesa. O ataque foi também direcionado à RT, a rede de televisão internacional controlada pelo estado russo. “Os sites do governo russo, Kremlin, Duma, Ministério da Defesa e RT foram todos afetados pelo aparente ataque cibernético, com alguns dos sites lentos e outros mesmo offline por longos períodos de tempo ao longo do dia”, lê-se numa notícia da RT.
“O grupo Anonymous está oficialmente em guerra contra o governo russo”, lê-se no Twitter. “O site do Ministério Russo da Defesa está agora em baixo”, escreveram noutra. Nestas declarações online, o grupo deixa claro que está do lado da Ucrânia, dirigindo ataques a Putin e apoio ao Presidente Zelensky.
Os Anonymous surgiram há 12 anos em fóruns de chats e ficaram conhecidos por criar ciberataques efetivos para causar disrupção em sites ou serviços online. Entre as ‘vítimas’ do grupo de hacktivistas estão a CIA, a Sony e a PayPal, além muitos sites de governos como forma de protesto, onde consta agora Rússia.
Moscovo lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa “desmilitarizar e desnazificar” o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus “resultados” e “relevância”.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU.