O meu marido e eu visitámos recentemente uma exposição em Paris intitulada Arte Degenerada: A Arte Moderna em Julgamento sob os Nazis, que apresentava obras incluídas na famosa exposição de arte de 1937, em Munique, destinada a avisar o público alemão sobre pinturas e esculturas de Otto Dix, Paul Klee e outros que comprometeriam a saúde moral, espiritual e física da Pátria.
Ao visitar essa exposição em Paris, lembrei-me, inquieto, da tentativa de Trump de obrigar as universidades dos EUA e as empresas estrangeiras envolvidas em negócios com americanos a assinarem documentos que estipulam que não estão filiadas em quaisquer organizações comunistas, socialistas ou que, de alguma forma, promovam a diversidade e a inclusão. Para Trump e os seus aliados, qualquer pessoa que discorde deles ou que tenha opiniões progressistas é um degenerado moral – um inimigo do povo americano. Em discursos que fazem lembrar Hitler, Trump prometeu “erradicar os… bandidos da esquerda radical que vivem como vermes dentro dos limites do nosso país”. E, tal como os teóricos nazis da raça, afirmou em entrevistas que “a imigração… está a envenenar o sangue do nosso país”.