Durante a promoção do seu novo livro “ Be Useful: Seven Tools for Life”, Arnold Schwarzenegger, de 76 anos, deu uma entrevista à BBC em Londres na qual falou sobre os pontos altos e baixos da sua carreira e ainda mencionou a ideia de se tornar presidente dos EUA.
Sobre o novo livro, o antigo ator, culturista e governador da Califórnia admite que se trata de um incentivo aos seus fãs “para encontrarem um caminho para o sucesso”. “Nunca imaginei que um dia iria motivar outras pessoas ou escrever livros com este tipo de conteúdos, pois quando era novo tudo aquilo que desejava era ser o homem mais musculado do mundo. E entrar em filmes e fazer milhões de dólares”.
A experiência trouxe-lhe novos objetivos de vida, grandes conquistas e até mesmo admiradores. Contudo, admite que detesta quando o caracterizam como um “self-made man”. “Não quero que pensem que conseguimos fazer tudo sozinhos. Todos precisamos de ajuda”, diz. “Neste livro explico que todos devemos procurar apoio e quanto mais cedo percebemos isso, mais cedo percebemos também que podemos ajudar os outros”, acrescenta ainda.
Apesar de não especificar quem o ajudou nesta ascensão, Schwarzenegger orgulha-se do seu percurso. Na juventude tentou a sorte como modelo, mas foi ao culturismo que se dedicou. Aos 23 anos estreou-se no cinema e acabou por se tornar uma grande estrela de Hollywood devido ao seu desempenho em filmes de ação. Por se interessar por política, registou-se no Partido Republicado e acabou por se tornar no 38º governador da Califórnia, exercendo funções entre 17 de novembro de 2003 até 3 de janeiro de 2011.
Mas não se foca apenas nas conquistas. “Sofri grandes derrotas e perdas”, recorda, mencionando as dificuldades do culturismo, os fracassos de bilheteira, até o divórcio de Maria Shriver em 2021. “Temos de ser responsáveis pelos nossos erros e aprender com eles para nos tornarmos pessoas melhores”, explica.
A avaliar o seu percurso profissional, Arnold Schwarzenegger lamenta a impossibilidade de concorrer à presidência dos Estados Unidos da América por não ter nascido naquele país, mas sim na Áustria. “Sinto que seria um bom presidente para os EUA”, afirma com convicção. “Tudo o que conquistei foi por causa da América. A América deu-me as oportunidades e o povo recebeu-me de braços abertos. Ninguém me impediu de alcançar o sucesso. A única coisa que não posso fazer nos EUA é concorrer à presidência, e não posso aborrecer-me com isso. Não posso ser egoísta e tentar mudar a lei”.
Sobre as eleições presidenciais dos EUA que vão decorrer em 2024, deseja “que os EUA encontrem sangue novo”. “Acho estranho que esta disputa seja travada entre pessoas que estão no final dos seus setenta anos ou no início dos seus oitenta, em vez de pessoas que estejam na faixa etária dos quarenta ou cinquenta, ou até mais jovens”.