“Os nossos pilotos foram avaliados, são pilotos de combate, com experiência e muitas horas de voo”, disse Yuri Ignat, referindo-se aos dois aviadores ucranianos que receberam treino para a utilização dos aviões de caça norte-americanos.
“Atualmente, todos os pilotos em condições de combate realizam tarefas extremamente difíceis, fazem coisas heroicas com equipamentos antigos, que nalguns casos têm o dobro da idade dos próprios pilotos”, enfatizou o porta-voz num discurso proferido num canal televisivo do país.
Ignat explicou que, depois dos treinos, estima-se que os pilotos ucranianos sejam capazes de dominar a “tecnologia ocidental” em cerca de quatro meses.
“Cada piloto tem a sua formação individual, cada piloto terá um programa individual (…), os pilotos já se estão a preparar, a estudar algumas coisas teóricas e consequentemente a dar grandes passos”, afirmou.
“Não nos esqueçamos dos engenheiros e oficiais de controlo”, destacou Ignat, acrescentando que espera que a “família europeia” também participe no treino dos pilotos ucranianos.
O fornecimento dos caças F-16 é atualmente a principal exigência de Kiev aos aliados ocidentais, depois de criticar a obsolescência dos MiG-29 de fabrico soviético enviados pela Polónia e Eslováquia.
Na terça-feira, o Reino Unido, com o apoio dos Países Baixos, anunciou que queria construir uma coligação internacional para ajudar a Ucrânia a obter caças F-16.
Um dia depois, os ministros da Defesa britânico e alemão afirmaram que cabe aos Estados Unidos decidir sobre uma possível entrega a Kiev de caças F-16.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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