“Um soldado turco e dois membros das forças especiais da polícia foram feridos por disparos de roquetes num posto de fronteira com o norte da Síria” no sul da Turquia, informou a Anadolu, responsabilizando as milícias YPG, Unidades de Proteção do Povo Sírio, um movimento de combatentes curdos baseados no norte da Síria e que tem sido alvo de ataques aéreos turcos.
Os roquetes atingiram o posto de Bab-al-Hawa, o último ponto de passagem para a ajuda humanitária internacional enviada do território turco pela ONU para esta região do norte da Síria, em particular a “bolsa” de Idlib, onde cerca de três milhões de pessoas vivem em condições precárias.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) indicou hoje que pelo menos 31 pessoas, na maioria combatentes turcos e soldados sírios, morreram durante bombardeamentos turcos lançados no sábado no norte da Síria.
O Ministério da Defesa da Turquia confirmou hoje os ataques aéreos nas regiões do norte da Síria e Iraque visando grupos curdos que Ancara considera responsáveis pelo ataque bombista da semana passada em Istambul.
Aviões de guerra atacaram bases do Partido dos Trabalhadores do Curdistão proscrito (PKK) e das Unidades de Proteção do Povo Sírio (YPG), referiu o ministério numa declaração, que foi acompanhada por imagens de caças F-16 a descolar e filmagens de um ataque aéreo de um drone.
O ministério citou o direito da Turquia à autodefesa ao abrigo do Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, ao lançar uma operação a que chamou “Claw-Sword” no final do sábado. A operação tinha como alvo áreas “utilizadas como base pelos terroristas nos seus ataques ao nosso país”.
Oficiais curdos sírios têm alegado mortes de civis devido aos ataques aéreos.
Os ataques aéreos ocorreram depois de uma bomba ter abalado uma avenida movimentada no coração de Istambul, no passado dia 13, que causou a morte a seis pessoas e feriu 80.
As autoridades turcas atribuíram a autoria do ataque ao PKK e à sua filiada síria. Os grupos de militantes curdos negaram, contudo, o seu envolvimento.
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