O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, afirmou hoje em Bruxelas que a situação entre Rússia e Ucrânia “permanece extremamente perigosa”, pois, apesar das palavras de Moscovo, a NATO ainda não viu “nenhuma alteração” no terreno.
“Embora tenha havido ontem [terça-feira] alguns sinais positivos em termos de afirmações [das autoridades russas}, na realidade, no terreno, ainda não vimos nenhuma alteração. Ou seja, continuamos numa situação em que a Rússia tem capacidade para uma ação militar de grande envergadura com pouco ou nenhum pré-aviso”, disse, em declarações a jornalistas, após o primeiro dia de uma reunião de ministros da Defesa da Aliança Atlântica.
Gomes Cravinho sublinhou que, para a NATO, “diálogo e diplomacia são a chave para a resolução desta situação e o desanuviamento das tensões”, mas, ao mesmo tempo, a organização transatlântica considera que “dissuasão e diálogo são duas faces da mesma moeda, e é muito importante os aliados da NATO terem uma postura de grande dissuasão, precisamente para precaver contra qualquer aventureirismo, qualquer atitude que ponha em causa a segurança da Aliança”.
ACC // JPS