O governante reunirá de emergência na sexta-feira de manhã com os dirigentes das entidades federadas para decidir novas medidas de combate à pandemia.
“Os últimos dados recolhidos mostram que a situação epidemiológica se deteriorou consideravelmente nos últimos dias”, sublinhou De Croo num comunicado.
As infeções diárias registadas na segunda-feira bateram um recorde no país desde o início da pandemia, em março de 2020, com 23.621 novos casos da doença registados pelo instituto de saúde pública Sciensano.
O anterior recorde remontava à segunda vaga, com 22.221 casos, registados a 27 de outubro de 2020, igualmente de acordo com o Sciensano.
Na semana passada, houve uma média de mais de 16.000 novos casos por dia, no país de 11,5 milhões de habitantes.
A curva de crescimento pandémico está a ser exponencial desde o ‘plateau’ mantido ao longo do verão e até ao princípio de outubro, quando os novos casos diários não ultrapassavam os 2.500.
Segundo o primeiro-ministro belga, agora, é necessário adotar novas medidas para “aliviar” as entidades prestadoras de cuidados de saúde.
De Croo assegurou também que as autoridades tencionam acelerar a vacinação e, em particular, a administração da dose de reforço, que só 1,2 milhões de cidadãos belgas receberam até à data.
Na Bélgica, 75% da população total tem a primeira vacinação completa.
A decisão de convocar uma nova reunião de emergência foi tomada após um contacto entre Alexander De Croo e os seus homólogos holandês, Mark Rutte, e luxemburguês, Xavier Bettel, segundo o gabinete de De Croo.
Esta reunião ocorre menos de dez dias após uma anterior comissão de concertação, que se limitou a impor a obrigatoriedade do teletrabalho quatro dias por semana e o alargamento de uso da máscara e de apresentação do passe sanitário.
No final dessa reunião, a 17 de novembro, os dirigentes belgas acordaram voltar a encontrar-se em janeiro para proceder a uma avaliação dessas medidas.
Vários especialistas criticaram, na altura, a leveza das medidas, apelando para restrições mais fortes.
A covid-19 causou pelo menos 5.173.915 mortes em todo o mundo, de entre mais de 258,92 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência noticiosa France-Presse (AFP), com base em dados oficiais.
Em Portugal, morreram, desde março de 2020, 18.385 pessoas e foram contabilizados 1.133.241 casos de infeção, de acordo com dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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