Coube aos pilotos da Virgin Galactic Dave Mackay e Mike Masucci ficar aos comandos do quinto teste de voo supersónico da companhia, que levou ainda a bordo a engenheira espacial e responsável pela instrução de astronautas Beth Moses.
Depois de descolar da pista à boleia da nava-mãe WhiteKnightTwo, a Unity ficou por sua conta a cerca de 14 mill metros. A partir dai, chegou aos 88 quilómetros da Terra, onde a tripulação pode experimentar a ausência de gravidde.
A nave carregou mais peso do que nos testes anteriores, praticamente o mesmo que teria de transportar se tivesse uma lotação completa de passageiros.
No início de fevereiro, outros dois pilotos da Virgin Galactic foram distinguidos pelo departamento norte-americano dos Transportes, pela viagem que, em dezembro, os levou até aos 83 quilómetros de altitude, e que fica para a história como a primeira vez que a empresa chegou ao espaço.
Nas contas que se fazem nos Estados Unidos, a “fronteira” com o espaço fica a 80 quilómetros acima do nível do mar, mas outras agências científicas usam a chamada Linha de Karman, o limite imaginário entre a atmosfera da Terra e o espaço, situado a 100 quilómetros. Em teoria, uma vez ultrapassada esta barreira, a densidade da atmosfera torna-se tão baixa que qualquer aparelho teria de se deslocar a uma velocidade superior à orbital (24 mil km/hora) para conseguir sustentar-se no ar.
O bilionário dono da Virgin, Richard Branson, já fez saber que tenciona ir a bordo da Unity até ao espaço já no próximo verão. Se os testes continuarem a correr bem, a companhia vai cobrar 250 mil dólares (cerca de 220 mil euros) por uma viagem ao espaço, que, entre descolagem e aterragem demorará cerca de 90 minutos. No ponto mais alto, os passageiros sentirão a ausência de peso durante alguns minutos, antes de a nave iniciar a descida.