O líder do partido espanhol Podemos fez o que muitos pais fazem: repartir da licença de parentalidade com a mulher. Assim, Pablo Iglesias despediu-se ontem do parlamento para ir cuidar dos filhos gémeos que nasceram em julho.
“Estou muito feliz, não me ocorre plano melhor para os próximos meses do que tratar dos meus filhos”, disse.
Recorde-se que a licença de paternidade foi este ano aumentado, com efeitos a partir de 2019, depois de um acordo entre o Podemos e o PSOE. O novo articulado jurídico reflete que, de forma progressiva, as licenças de maternidade e paternidade passam a ser iguais, intransferíveis e remuneradas a 100%.
Em 2019, os pais passam a ter oito semanas, em 2020 serão 12 e, em 2021, 16 semanas, completando, assim, a equiparação à licença das mães.
Os membros do parlamento espanhol (Congresso) não têm baixas médicas ou direito a ausentar-se porque não são considerados trabalhadores por conta de outrem. Podem pedir o voto à distância ou ausentar-se temporariamente do hemiciclo por razões médicas ou quando têm filhos.
Pablo Iglesias cumpriu a sua licença de cinco semana no verão, agora, e até março, vai cumprir a metade que foi contemplada na lei.
“Defendemos que as licenças devem ser iguais e intrasnferíveis”, disse o deputado. “Os homens não estão aqui para ajudar, mas sim para nos coo-responsabilizarmos e penso que nós temos a obrigação de dar o exemplo”, acrescentou.