O submarino militar argentino ARA San Juan, com 44 pessoas a bordo, reportou pela última vez a sua posição na madrugada de 15 de novembro. O protocolo de busca foi ativado no dia seguinte, mas sem sucesso.
A marinha argentina anunciou este sábado que o submarino foi encontrado a 790 metros de profundidade, nas águas ao largo da península Valdés, graças a um submergível do Ocean Infinity, um navio norte-americano envolvido nas buscas pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines.
“Agora, abre-se outro capítulo”, disse aos jornalistas o porta-voz da marinha argentina, Rodolfo Ramallo. “A partir da análise do estado em que o submarino foi encontrado, vamos ver como proceder”, concluiu.
O ARA San Juan é um submarino a diesel, que tem menos tempo de submersão do que um submarino nuclear. O tempo exato que o submarino ficar debaixo de água depende da última vez que carregou as baterias, repôs o oxigénio, foi à superfície e do peso que leva a bordo. Se o aparelho tivesse afundado mas estivesse intacto, a tripulação poderia ter entre 7 a 10 dias de oxigénio, mas, neste caso, sabe-se que estava a entrar água pelo snorkel, o sistema de ventilação do submarino.
Apesar da pouca probabilidade de haver sobreviventes, a confirmação de que os tripulantes estão dentro do submaridno foi recebida com tristeza pelos familiares. “Estamos todos desfeitos aqui”, resume Yolanda Mendiola, mãe de um dos jovens a bordo.
O submarino, de construção alemã, data dos anos 80, mas foi alvo de uma revisão profunda em 2014, quando recebeu motores e baterias novos.