Um mês depois de o produtor Ian Wilson ter anunciado a “descoberta”, no Google Maps, do local onde, acredita, caiu o Boeing 777 da Malaysia Airlines, desaparecido desde 2014, agora é a vez do piloto Daniel Boyer corroborar a teoria que contradiz a convicção das autoridades de que o aparelho se despenhou no mar.
Dois dos objetos localizados pelo piloto, a apenas 16 quilómetros do local identificado por Wilson, têm dimensões que Boyer diz serem compatíveis com o tamanho do motor e do cockpit do aparelho.”Nem acreditei quando vi”, relatou o piloto ao The Daily Star.
As imagens do “objeto em forma de avião” numa selva do Cambodja partilhadas por Ian Wilson tornaram-se virais, mas o “zoom” que as autoridades chinesas fizeram à zona, através de imagens de satélite, não mostraram nada. Mesmo assim, o produtor alugou um helicóptero e dirigiu-se ao local, em setembro. A densa vegetação não lhe terá permitido confirmar o seu avistamento, após o que, juntamente com o irmão, juntou-se a um grupo de ex-militares do Cambojda para explorar o local a pé e procurar as coordenadas exatas da imagem. No entanto, o objetivo foi travado, de acordo com Wilson, por um grupo de “madeireiros ilegais, armados e drogados com metanfetaminas”.
O episódio só adensou o ceticismo de vários especialistas sobre a teoria de Wilson, mas a nova descoberta promete dar-lhe fôlego.
O avião, com 239 passageiros e tripulantes a bordo, desapareceu quando fazia um voo de Kuala Lumpur para Pequim em 2014, mas até agora, foram apenas encontrados alguns destroços, que deram à costa em ilhas do Oceano Índico. No relatório divulgado em julho, as autoridades da Malásia admitiram o envolvimento de “terceiros” no desaparecimento do avião.
As autoridades francesas, entretanto, estão a investigar a possibilidade de os dados de navegação do MH370 terem sido adulterados de forma a disfarçar a rota do Boeing.