Segundo o Daily Beast, pelo menos quatro mulheres foram informadas de que para recuperarem as suas crianças – os filhos de três delas e o irmão de três anos da outra – terão de fazer um teste de ADN numa clínica privada ao serviço do Gabinete de Realojamento de Refugiados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) dos EUA.
O HHS garante que os testes são realizados gratuitamente, mas tanto o diretor como o advogado do centro de acolhimento em El Paso, no estado no Texas, onde se encontram as quatro mulheres, garantem que lhes foram pedidos entre 700 a 800 dólares: Um valor que, garante o diretor do centro, Ruben Garcia, nenhuma delas possui.
A necessidade de provar a relação familiar com as crianças separadas quanto tentavam atravessar a fronteira do México com os EUA nasce, explica o advogado ao Daily Beast, do procedimento usado pelas autoridades norte-americanas à chegada: a apreensão de todos os documentos.
Outros casos relatados nos meios de comunicação norte-americanos ilustram outras “taxas” cobradas aos imigrantes para libertar as crianças separadas das famílias. O New York Times, por exemplo, dá conta de que os familiares já a viver dos EUA que tentem ficar com a custódia das crianças retidas são obrigados a pagar as viagens de avião entre os centros de acolhimento e as suas casas (do menor e de um acompanhante), ainda que a deslocação possa ser feita de carro. Um dos familiares foi informado de que só poderia ficar com a criança se pagasse 1800 dólares (cerca de 1500 euros).