Em parceria com a instituição de caridade Polaris, que luta contra o tráfico humano, a Airbnb prometeu investir em novas tecnologias, como a análise de dados, para rastrear “bordéis pop-up” que exploram, principalmente, mulheres e crianças nos alojamentos arrendados através da plataforma da empresa.
Fundada em 2008 e avaliada em aproximadamente 25 mil milhões de euros, a Airbnb disse que vai detetar os riscos de abuso a partir da análise e triagem de fotografias de todos os senhorios e hóspedes, cruzando os dados fornecidos pela Polaris, que controla a linha telefónica de apoio nacional de tráfico humano dos Estados Unidos.
“Estamos a adotar uma abordagem moderna para combater a escravidão moderna”, disse Nick Shapiro, chefe global de gestão de risco da Airbnb à Thomson Reuters Foundation.
A iniciativa segue-se à investigação do crescimento dos bordéis temporários no Reino Unido e nos EUA montados em apartamentos arrendados em sites como o Airbnb. De acordo com a Polaris, pelo menos 2.680 pessoas foram vítimas de tráfico – na sua maioria para trabalhos sexuais – entre janeiro de 2015 e setembro de 2017 nos hotéis e motéis norte-americanos. No mundo, este número sobe para 25 milhões, segundo dados de 2016 partilhados pela Organização Internacional do Trabalho das Nações Unidas.
“A exploração e o tráfico ainda são muito comuns na sociedade de hoje, mas estamos ansiosos para usar o que estiver ao nosso alcance para ajudar a acabar com isto de uma vez por todas”, reforçou Shapiro.