O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, pediu hoje “uma resposta mundial” contra a Coreia do Norte na sequência do novo disparo de um míssil balístico que qualificou de “imprudente violação das resoluções da ONU”.
“O disparo do míssil da Coreia do Norte é uma nova violação das resoluções das Nações Unidas” que impedem a Coreia do Norte de aperfeiçoar armamento, escreveu Stoltenberg numa mensagem difundida pela rede social Twitter.
O secretário-geral da Aliança Atlântica acrescenta que se trata de uma a “grande ameaça à paz e à segurança internacional que exige uma resposta mundial”.
China evita condenar de forma explícita
A China evitou hoje condenar de forma explicita o último lançamento de um míssil pela Coreia do Norte, dias depois do Conselho de Segurança da ONU ter aprovado novas sanções contra o regime de Kim Jong-un.
Em conferência de imprensa, Hua disse que que todas as resoluções do Conselho de Segurança, no qual a China é membro permanente, “se opõem ao desenvolvimento da capacidade nuclear da Coreia do Norte”.
Questionada se Pequim considera necessárias novas ações, como resposta ao lançamento, Hua Chunying sublinhou os “enormes sacrifícios” feitos pelo seu país para resolver a crise na península coreana.
“A nossa sinceridade no cumprimento das nossas obrigações internacionais (?) não deixa espaço para dúvidas”, acrescentou.
Hua destacou que a “missão” de todas as partes deve ser “terminar com todas as ações provocativas e perigosas, a favor de uma solução pacífica”.
A porta-voz reiterou a importância do “regresso imediato ao diálogo” entre as partes diretamente implicadas no conflito e frisou que a China “não é responsável pelo aumento das tensões”.
A China é o principal aliado diplomático e maior parceiro comercial da Coreia do Norte. Cerca de 90% do comércio externo norte-coreano é feito com o país vizinho.
Novo desafio causa pânico no Japão
A Coreia do Norte lançou hoje, já sexta-feira de manhã (hora de Tóquio), um míssil que sobrevoou o Japão, anunciou o Governo japonês.
O míssil sobrevoou a ilha de Hokkaido (norte) às 07:06 de sexta-feira (hora em Tóquio, 23:00 em Lisboa), e acabou por cair no mar, a cerca de dois mil quilómetros a leste da sua costa. precisaram as autoridades japonesas, que indicaram que o sistema de aviso J-Alert foi acionado em várias regiões do norte do arquipélago.
Na manhã desta sexta-feira, todos os canais de televisão japoneses exibiam a mensagem de advertência de que um míssil balístico de médio alcance sobrevoava parte do território japonês.”Fujam para um prédio ou um subsolo”, avisavam os alertas enviados por um sistema de mensagens de emergência para os utilizadores nas regiões ameaçadas, enquanto soavam as sirenes do J-Alert.
Os transportes de comboios entre Hokkaido e a principal ilha do Japão, Honshu, foram suspensos provisoriamente após o disparo, mas o tráfego aéreo não foi afetado.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que o Japão “jamais tolerará” o que chamou de “perigosa ação provocadora e que ameaça a paz mundial”.
“Não podemos nunca tolerar que a Coreia do Norte viole a decisão forte e unida da comunidade internacional rumo à paz, demonstrada nas resoluções da ONU, e insista neste ato ultrajante”, disse Abe.
Além do Japão, também já a Coreia do Sul veio condenar mais este lançamento e ameaçar a vizinha do Norte de que tem capacidade de retaliar e a destruir por completo.
“No caso de a Coreia de Norte continuar a levar a cabo provocações contra nós ou contra o nosso aliado, temos o poder para destruí-los de uma forma em que não será possível recuperarem”, afirmou o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.