Jennifer Williams é investigadora do Brookings Institute. Depois de anos a estudar o extremismo religioso e o Médio Oriente, apercebeu-se de que nunca tinha lido o Corão. Ao fazê-lo, encontrou, alegadamente, as respostas sobre moral e fé que procurava desde a infância e convertou-se ao islão.
Avance-se agora três anos até à última quarta-feira de setembro quando Williams reparou que o tópico #MuslimApologies (pedidos de desculpa muçulmanos) era viral no Twitter. Trata-se de uma reação dos utilizadores do Twitter muçulmanos ao facto de serem constantemente instados a pedir desculpa pelos atos dos extremistas religiosos, que consideram não ter nada a ver com a sua fé. Muitos, com ironia, têm recorrido às redes sociais, pedindo desculpa por coisas como a saga Twilight ou o facto de Plutão já não ser um planeta.
A norte-americana quis contribuir e publicou no Twitter: “Peço desculpa por ter lido o Corão para aprender sobre as crenças terroristas mas ter acabado por me converter ao Islão pelo que lá diz”. Na manhã seguinte, tinha alguns novos seguidores. Pouco depois, milhares e, atualmente, são mais de 7 mil. Mas provavelmente não aqueles que Jennifer Williams poderia imaginar: “Rapidamente comecei a reparar numa tendência perturbante. Das milhares de pessoas que estavam a partilhar [o tweet] e a seguir-me, muitas tinham a bandeira preta do Estado Islâmico como foto de perfil no Twitter”. “Outros tinham fotografias suas empunhando espadas e posando em frente à bandeira do Estado Islâmico”, relata.
Um dos seus novos seguidores pediu-a em casamento, outro elogiou-lhe a beleza e garantiu-lhe que ficaria linda de véu.