O assassino dos jornalistas norte-americanos James Foley e Steven Sotloff, cujas mortes por decapitação foram reivindicadas pelos jihadistas do Estado Islâmico, foi identificado, anunciou, quinta-feira, o diretor da polícia federal (FBI), James Comey.
“Identificámo-lo”, declarou o responsável máximo da polícia federal norte-americana numa conferência de imprensa, respondendo a uma pergunta sobre a identidade do homicida, cuja cara se encontrava tapada nos vídeos dos assassínios difundidos pelo grupo terrorista.
Comey escusou-se, contudo, a revelar pormenores sobre a identidade e nacionalidade do indivíduo que se pensa ser de origem britânica, denunciada nos vídeos pelo seu sotaque.
O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou a 19 de agosto a decapitação do jornalista norte-americano James Foley e, a 03 de setembro, a do seu compatriota Steven Sotloff, que tinham sido sequestrados na Síria.
O embaixador britânico em Washington indicou, no final de agosto, que as autoridades britânicas estavam prestes a identificar o assassino, que surge encapuzado e vestido de negro e que dirigia sempre ameaças ao Presidente norte-americano, Barack Obama, se este continuasse os ataques aéreos norte-americanos ao EI no Iraque.
“Estou de volta, Obama, e estou de volta por causa da tua arrogante política externa em relação ao EI”, declarou o homem mascarado, no vídeo do assassínio de Sotloff, antes de ameaçar executar outro refém, o britânico David Cawthorne Haines. Este foi em seguida morto da mesma forma, segundo um vídeo difundido a 13 de setembro.