“Dezasseis pessoas foram mortas e 200 ficaram feridas num ataque contra uma manifestação de apoio ao Presidente Morsi nos arredores da Universidade do Cairo”, informou a televisão oficial, citando o Ministério da Saúde.
Noutro incidente no Cairo, sete pessoas morreram na terça-feira em confrontos entre apoiantes e opositores do Presidente islamita no distrito de Giza (no Sul), que também causou dezenas de feridos, alguns feridos com gravidade por balas, relataram fontes médicas à AFP.
Confrontos também eclodiram noutros bairros nos arredores de Cairo e na província de Beheira.
No total, 47 pessoas, incluindo um americano, foram mortas no âmbito das ações de violência que abalam o país desde a semana passada.
Manifestações pró e anti-Morsi mobilizaram na terça-feira milhares de participantes em demonstrações de força rivais, na véspera de expirar o ultimato dado pelos militares ao chefe de Estado, Mohamed Morsi, um antigo dirigente da Irmandade Muçulmana.
Os militares deram na segunda-feira 48 horas a Morsi para “responder às reivindicações do povo” e disseram que se isso não acontecer vão apresentar “um roteiro” para a saída da crise.
A oposição viu este ultimato como um apoio para a demissão de Morsi, acusado de querer instaurar um regime autoritário favorável à Irmandade Muçulmana.
Os opositores do chefe de Estado insistem na legitimidade do primeiro Presidente eleito democraticamente no Egito e denunciam a tentativa de o afastar pela força.