No aeroporto de Roma, a jovem norte-americana esperou pelo embarque em local reservado para evitar tumultos, dado o mediatismo do caso em torno da morte de Meredith Kercher.
Amanda Knox volta assim em liberdade para o seu país, depois da condenação, em 2009, a 26 anos de prisão.
O seu ex-namorado, o italiano Raffaele Sollecito, de 27 anos, que também era acusado da morte da jovem britânica, foi igualmente considerado inocente.
Knox e Kercher tinham 21 anos e estudavam numa universidade de Perugia quando o corpo semi-despido da vítima foi encontrado na casa que partilhavam. Na altura com 23 anos, Raffaele Sollecito estudava também noutra universidade na mesma cidade. Os então namorados defenderam sempre, em julgamento, que estavam juntos na noite do crime, na casa do jovem.
A defesa alegou que os seus clientes foram acusados com base em provas “erróneas”: A acusação e a polícia, por um lado dizia que foi encontrado material genético de Knox no cabo da faca usada no crime (Meredith Kercher foi degolada) e que um soutien encontrado no local tinha o ADN de Sollecito; a defesa e peritos independentes argumento que o processo de recolha e análise do ADN teve falhas e que, por isso, os resultados deviam ser inadmissíveis.
O único que continua a acusado da morte de Kercher é Rudy Guede, um traficante de droga da Costa do Marfim, que admitiu ter tido relações sexuais com Kercher, apesar de negar o homicídio. Foi condenado a 30 anos de prisão, mas viu a pena ser reduzida para 16 anos.