Wendy Iriepa, uma transexual de 37 anos, e Ignácio Estrada, um ativista homossexual de 31 anos seropositivo, apareceram em público vestidos de branco. Ela com um ramo de rosas vermelhas nas mãos e ele com uma gravata vermelha.
Desafiando a chuva, a noiva chegou ao Palácio dos Matrimónios a bordo de um automóvel descapotável, vermelho, dos anos 50, vincando que era “o dia mais feliz de toda a sua vida” e que dedicava o matrimónio a “todas as pessoas que o queiram fazer seu”. Ele, nervoso, sublinhou que se dava início a “uma nova etapa” para a comunidade homossexual de Cuba.
O casal escolheu o dia 13, aniversário de Fidel Castro, para chamar a atenção para os direitos da comunidade homossexual.
A sobrinha do líder histório cubano, Mariela Castro, filha do atual Presidente, tem desempenhado um papel crucial na batalha contra a homofobia na ilha e conseguiu mesmo que o Estado suporte a totalidade dos custos das operações para mudança de sexo.
É graças a esta possibilidade que, tecnicamente, o casamento entre Wendy Iriepa e Ignácio Estrada é legal.
