Os países do G20 concordam que as políticas económicas “não coordenadas” terão consequências desastrosas “para todos”, segundo o comunicado final da cimeira de Seul.
Nesse sentido, comprometeram-se a um esforço conjunto no sentido de evitar “desvalorizações competitivas” das suas moedas.
Segundo o economista João Duque, ouvido pela Lusa, o compromisso hoje anunciado pelos líderes do G20 de evitar “desvalorizações competitivas” das suas moedas pode ajudar a dar estabilidade ao mercado cambial e facilitar a recuperação das economias.
Evitar “desvalorizações competitivas” das moedas “pode ajudar a dar alguma estabilidade ao mercado cambial, que tem estado em grande guerra, porque a competitividade e a recuperação das economias depende em parte da relação cambial das grandes moedas”, explicou o economista.
Atualmente, adiantou, todos os países “querem fazer a mesma coisa: desvalorizar para recuperar” e como “a economia é desenvolvida por cada um, [cada país] tenta tirar daí o maior partido”.
Novas regras bancárias
Do comunicado final da cimeira consta ainda a intenção de adotar novas regras bancárias, designadas Basileia III, destinadas a tornar as instituições financeiras mais resistentes.
“Vamos estabelecer por completo as novas regras sobre o capital e a liquidez dos bancos”, afirmam no documento divulgado em Seul.
As regras ditas de Basileia III estão previstas para entrar em vigor a partir de 2013 e incluem nomeadamente o aumento dos fundos próprios dos bancos até 1 de janeiro de 2015.