Em declarações à Lusa, Carlos Correia, que reagia à morte do Presidente Conté, disse que Bissau acompanha a situação na Guiné-Conacri e espera que “as normas constitucionais sejam respeitadas como está previsto”. O chefe do executivo guineense está confiante que a calma irá prevalecer na Guiné-Conacri até a nomeação das novas autoridades civis que irão liderar a transição que, disse, deverá ser também pacífica. “Ouvimos as declarações dos militares (a anunciar a suspensão da Constituição), mas também ouvimos o pronunciamento das autoridades competentes, particularmente do primeiro-ministro, a afirmar que nem tudo está perdido e que a situação ainda se mantêm sob controlo”, das autoridades civis, disse Carlos Correia. “Esperamos que a situação se normalize e que as normas constitucionais sejam respeitadas”, na Guiné-Conacri, defendeu o chefe do governo de Bissau, que disse lamentar “profundamente” a morte do “amigo e companheiro dos combatentes da liberdade da Pátria” da Guiné-Bissau. Questionado sobre se o Presidente Joao Bernardo ‘Nino’ Vieira, que era amigo pessoal de Lansana Conté, tenciona deslocar-se a Conacri, o primeiro-ministro guineense afirmou desconhecer tal pretensão, mas ressalvou que “os dois eram mais do que amigos”. “Penso que se o Presidente ‘Nino’ Vieira, pela amizade que o unia ao falecido presidente Conté, tiver a oportunidade possivelmente que irá até Conacri”, disse Carlos Correia, deixando ainda em aberto a possibilidade de a Guiné-Bissau vir a decretar luto nacional. Carlos Correia lembrou que Lansana Conté “contribuiu muito pela causa da libertação” da Guiné-Bissau nas suas funções de comandante militar da Guiné-Conacri na zona da fronteira com a Guiné-Bissau. Os guineenses de Conacri constituem a principal comunidade emigrante na Guiné-Bissau.
