“Hoje é um bom dia para o PPE [Partido Popular Europeu]. Ganhámos as eleições europeias, meus amigos”, disse Ursula von der Leyen, numa primeira reação, após as primeiras projeções das eleições europeias. “O PPE é o grupo político mais forte do Parlamento Europeu, o PPE tem o maior número de líderes, (…) não é possível formar uma maioria sem o PPE e, em conjunto, vamos construir um escudo contra os extremos, da esquerda e da direita, vamos detê-los”, afirmou a atual presidente da Comissão Europeia e candidata a um segundo mandato.
Segundo as primeiras projeções do Parlamento Europeu (ainda em atualização), o PPE venceu as eleições europeias, que terminaram, este domingo, nos 27 Estados-membros da União Europeia, conquistando 186 lugares, mais 53 do que os socialistas (que fica com 133 assentos).
Os resultados conhecidos parecem, para já, travar o avanço da direita radical populista na Europa. Apesar de várias vitórias, como a do Rassemblement Nacional de Marine Le Pen, em França – que motivou o presidente francês Emmanuel Macron a dissolver o parlamento e convocar legislativas antecipadas para os dias 30 de junho e 7 de julho – o crescimento dos grupos Identidade e Democracia (ID), que o Chega integra, e dos Reformistas e Conservadores parece ter ficado aquém do anunciado. As bancadas extremistas podem ficar apenas pelos 60 (mais um) e 70 (mais dois) eurodeputados, respetivamente.