Segundo a mais recente análise da DECO PROteste o valor do cabaz encontra-se agora nos 226,97€, uma quebra de 0,56% face à última semana de setembro. Tal significa que o conjunto de 63 produtos alimentares essenciais que integram o cabaz – como o peru, o carapau, o arroz, o queijo ou a manteiga – custaram menos 1,28€ aos consumidores na primeira semana de outubro.
No entanto, o custo de vários alimentos essenciais aumentou significativamente na última semana, seguindo a escalada da inflação. É o caso dos iogurtes líquidos que registaram uma subida de 20% no preço, custando na primeira semana de outubro mais 39 cêntimos que na última semana de setembro. Também os legumes couve-coração e curgete aumentaram de preço (12%), custando mais 17 e 22 cêntimos numa ida ao supermercado. Já o azeite, cujo preço até 25 de setembro se situava nos 8,48€, passou a custar 9,59€, um aumento de 1,11€ – 13%.
Produtos como o carapau (44 cêntimos mais caro), o atum posta em óleo vegetal (0,15€), a dourada (0,71€), a cebola (0,14€), a polpa de tomate (0,09€) ou o pão de forma sem côdea (0,15) também registaram aumentos de preço.
Custo do cabaz desce face a janeiro, mas preço do peixe e pão continua a aumentar
Apesar do custo total do cabaz estar 9,7€ mais baixo do que em janeiro de 2024 – uma descida de 3,84% -, vários produtos têm vindo a registar um aumento significativo de preço nestes últimos meses.
Segundo as análises da DECO, entre janeiro e outubro de 2024, a dourada foi o produto alimentar que mais encareceu – 19% – passando de custar 6,54€ em janeiro para 7,81€ em outubro, uma diferença de 1,27€ . Já o pão de forma sem côdeas passou a custar aos consumidores mais 36 cêntimos (uma subida de 17%), totalizando agora os 2,40€.
Também a carne de novilho – 1,17€ mais cara -, o atum posta em azeite – de 1,84€ para 2,10€ – e o óleo alimentar (mais 18 cêntimos) têm seguido a tendência de subida de preços.
Alimentos estão mais caros que em 2023
Entre outubro de 2023 e outubro de 2024 existe uma diferença de 9,96€ no preço do cabaz alimentar – um aumento de 4,59%. A pescada fresca foi o produto que mais encareceu no decorrer do ano, registando uma diferença de preço de 2,98€. A 4 de outubro do ano passado este produto custava 9,51€ contudo, atualmente, o seu preço está situado nos 12,49€.
Também o atum posta em azeite registou uma subida grande no preço – 27% – passando a custar em 2024 mais 44 cêntimos. Atualmente, o atum custa 2,10€, um contraste face aos 1,66€ que custava em 2023.
Na análise feita pela DECO destaca-se ainda o preço do iogurte líquido – 0,49€ mais caro -, do pão de forma sem côdea – mais 0,45€ –, da dourada – mais 1,38€ -, e dos cereais fibra – com um aumento de 78 cêntimos, uma subida de 20%.
Pescada fresca está 107% mais cara que em fevereiro de 2022
A análise refere ainda que entre fevereiro de 2022 – data em que teve início a guerra da Ucrânia – e o dia 2 de outubro de 2024 existe uma diferença de 43,34€ no preço do cabaz, uma subida na ordem dos 23,6%.
No topo da tabela de alimentos essenciais com um maior aumento de preço encontra-se, novamente, a pescada fresca – com uma subida de preço de 107% – seguindo do azeite – 4,94€ mais caro (106%) – e o açúcar branco – 0,65€ mais caro que em fevereiro de 2022 (59%).
Também a batata vermelha (56%), as salsichas Frankfurt (54%), a polpa de tomate (53%), o arroz carolino (53%), a cebola (52%, a laranja (51%) e os flocos de cereais (45%) registaram aumentos.
Desde fevereiro de 2022 que a DECO PROteste realiza semanalmente uma análise dos preços do cabaz alimentar, que inclui 63 produtos alimentares essenciais como a carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe.