Longe vai o tempo em que se desconfiava das compras na Internet. Hoje, quase metade dos portugueses já descobriu as maravilhas desse tipo de comércio – não só permite chegar a todos os produtos, como até faz com que poupemos uns trocos. Desde que se levem em conta as principais medidas de segurança, claro, como atestar a confiança do site em questão.
De acordo com o primeiro estudo Masterindex, elaborado em mais de 20 países do Espaço Económico Europeu, sobre comércio eletrónico e novas tendências de pagamento, as pessoas que vivem na Europa são ávidas compradoras online. E o prognóstico é que o mercado de comércio eletrónico tenha um crescimento de 45% até 2018.
Hoje em dia, um em cada quatro europeus com acesso à Internet já comprou produtos ou serviços online, pelo menos uma vez por semana, durante o ano passado. Só os portugueses foram 43% os que acederam a sites de outros países europeus, para comprar essencialmente vestuário, calçado e acessórios (não fugindo da tendência de todos os outros povos), seguido de eletrónica e por fim cds, dvds e vídeojogos (nos restantes mercados também sobressaem a compra de bilhetes e livros). Mas ainda há 31% que nunca se arriscou a comprar nada online fora de Portugal.
Os ingleses, os polacos, os lituanos e os italianos são os campeões do comércio eletrónico na Europa – efetuaram, pelo menos uma compra, todos os dias. No outro extremo estão os finlandeses, os estónios e os dinamarqueses. Os países nórdicos, porém, como a Finlândia, a Noruega e a Suécia são os únicos com mais de um em cada cinco compradores online envolvidos em jogos a dinheiro.
Nem todos preferem os cartões como método de pagamento privilegiado. Na República Checa, Alemanha, Países Baixos e Polónia recorrem duas vezes mais à banca online, por exemplo. Os novos métodos, como e-wallet, aplicações bancárias e códigos QR ainda estão em crescimento e são pouco usados, por enquanto.
Como seria expectável, a maior preocupação em todos os países são as fraudes – isso aparece no topo da lista das barreiras às compras online. Mesmo assim, devido aos esforços contínuos para gerar confiança nessas compras e a melhoria das ofertas e condições online, em média, 40% dos compradores europeus afirmam que compram online em sites de outros países, pelo menos uma vez por ano.