As autoestradas construídas a sul do Tejo, nos anos de ouro dos fundos comunitários, não registam tráfego suficiente para justificar a sua existência, diz um estudo feito por Jorge Paulino Pereira, professor de Vias de Comunicação no Instituto Superior Técnico (IST) e Ana Guerreiro, engenheira civil com atividade na área das infraestruturas viárias. A exceção é a A2 e a Via do Infante, mas apenas em julho e agosto. Os autores de um estudo sobre a rede de auto estradas mostram como a sua construção foi baseada em previsões otimistas de tráfego. E também na vontade dos políticos em fazerem obra. Contactada pela VISÃO, a Brisa, concessionária de várias destas autoestradas garante que a A2 é rentável. Sobre a A10 e a 13, a empresa diz que foram obras feitas “a pensar nos 30 mil veículos por dia que ia gerar o tráfego do aeroporto da Ota”.
O país das autoestradas desertas
João Carlos Santos
Custaram muitos milhões de euros mas o número de viaturas que as percorre diariamente não chega para justificar a sua manutenção
Mais na Visão
Parceria TIN/Público
A Trust in News e o Público estabeleceram uma parceria para partilha de conteúdos informativos nos respetivos sites