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As bolsas norte-americanas acumularam na semana perdas superiores a 3%, devido aos receios de que a crise da dívida pública na Europa possa penalizar o crescimento económico. A semana financeira ficou marcada pela reunião da Reserva Federal (FED) que manteve a taxa de juro de referência em mínimos históricos e pelos seus comentários “a economia está a crescer, mas não tanto como gostaríamos nem tanto como a queda que antecedeu o crescimento deixaria prever”. Os principais dados económicos da semana foram mistos: uma queda inesperada das vendas de casas em segunda-mão em Maio, que caíram para um mínimo histórico e, um aumento da confiança dos consumidores norte-americanos, que cresceu mais do que o esperado em Junho.
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Os principais índices accionistas europeus caíram na semana, com os da Grécia e de Espanha a acumularem perdas superiores a 4%. Na origem destas quedas estiveram novamente as preocupações dos investidores com as contas públicas dos países periféricos da Europa. Os ‘credit default swaps’ da Grécia atingiram o valor mais elevado de sempre, mostrando que os investidores acreditam cada vez mais que este país vai entrar em incumprimento. Apesar deste pessimismo, a confiança dos consumidores da Zona Euro recuperou ligeiramente e a confiança dos empresários alemães subiu inesperadamente, em Junho.
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Na Ásia, a maioria dos mercados accionistas acumularam ganhos ligeiros na semana, contrariando a tendência dos seus congéneres europeus e norte-americanos. As bolsas de Hong Kong e de Xangai apresentaram o melhor desempenho com ganhos respectivos de 2% e 1.6%. No Japão, o índice Nikkei acumulou perdas superiores a 2% em virtude do anúncio de medidas de austeridade para conter a gigantesca dívida pública (cerca de 20% do PIB), nomeadamente através do aumento dos impostos sobre o consumo.