A descida da capital portuguesa, bem como de outras cidades europeias, no “ranking” elaborado pela Mercer “não se deve apenas à diminuição real do custo de vida mas também às fortes flutuações cambiais, como a descida da libra esterlina e a revalorização do dólar face ao euro”.
Abrangendo 143 cidades em seis continentes, o estudo mediu o custo comparativo de mais de 200 produtos representativos dos padrões de consumo dos executivos, incluindo habitação, transportes, alimentação, vestuário, bens domésticos e entretenimento.
O objectivo é ajudar os governos e as empresas multinacionais a determinarem as compensações a atribuir nos processos de transferência de empregados para projectos internacionais.
Segundo Diogo Alarcão, responsável da Mercer em Portugal, “como estão expostas a diferentes mercados e divisas, as empresas multinacionais continuam a ser muito afectadas pela crise financeira”.
“O custo dos programas de expatriação é também muito influenciado pelas alterações cambiais e inflação. Agora que a contenção e redução de custos estão no topo das prioridades, é necessário acompanhar continuamente as mudanças nos factores que ditam os custos de vida e alojamento dos expatriados”, acrescentou.
Ainda de acordo com Diogo Alarcão, “é importante, para as empresas multinacionais, assegurarem que os seus pacotes de compensação são justos, competitivos e alinhados com o resto do mercado”.
O “ranking” de 2009 apresenta grandes alterações face ao ano anterior, com Tóquio a tirar a Moscovo o título de “cidade mais cara do mundo”, que possuía há três anos, sendo ainda de assinalar as subidas de Caracas (74 lugares, para a 15 posição), White Plains (EUA, 58 lugares), Guangzhou (China, 47) e Cairo (44).
Nas descidas, salientam-se Varsóvia (desce 75 postos, para a 113 posição) e as cidades australianas Melburne (cai 56 posições), Brisbane (59) e Perth (64).
As cidades são classificadas face a Nova Iorque, à qual foi atribuída uma pontuação base de índice 100.