“Muitas vezes, acontecem estas coisas na vida dos atletas. Todos podemos e devemos melhorar. É a exigência, mas não há um problema direto com ninguém. Quando há uma lesão, todos assumimos. Controlamos o treino visível, mas o [lado] invisível, não. Existem situações que não são culpa do departamento médico, do jogador ou do treinador. São lesões absolutamente normais num futebolista”, observou, em conferência de imprensa.
Ausente dos relvados há praticamente dois meses, devido a uma lesão muscular na coxa esquerda, o defesa esquerdo nigeriano Zaidu voltou hoje a treinar sem limitações e saiu do boletim clínico dos ‘dragões’, do qual continuam a constar o guarda-redes Samuel Portugal, os defesas Marcano e Wendell, o médio Iván Jaime e os extremos Galeno e Gabriel Veron.
As lesões têm sido uma constante na época do FC Porto, mas Sérgio Conceição rejeitou que tenha criticado o departamento médico na sexta-feira, quando, no final da derrota na receção ao Estoril Praia (0-1), para a 10.ª jornada da I Liga, afirmou que “os diferentes departamentos [do clube] têm de fazer mais a nível interno”, sem ter nomeado ninguém.
“Sou exigente comigo, primeiro, e com todos os departamentos. Falei nos lesionados [na zona de entrevistas rápidas], porque foi aquilo que, no momento, me veio à cabeça, mas não era relativamente ao Nélson Puga, chefe do departamento clínico. A exigência existe aqui todos os dias e tornei-a pública. Isto é como falar dos atletas. Sei que há coisas que se têm de dizer dentro do balneário, mas, às vezes, por estratégia e pela forma como se lidera, acho que o devo fazer publicamente. Assumo essa responsabilidade”, comentou.
O conjunto de Sérgio Conceição manteve-se no terceiro lugar, mas alargou as distâncias de seis pontos para o líder isolado Sporting e de três face ao campeão nacional Benfica, segundo classificado, uma semana antes do dérbi lisboeta entre ‘águias’ e leões’ na Luz.
“Agora, não me venham com as redes sociais e me digam que o departamento médico é que mete os atletas a treinar e a jogar. Ando aqui há muitos anos e não preciso disso. A maior prova é que tive a possibilidade de sair, mas não saí num ano crítico. Até podia ter saído de uma forma tranquila e a cláusula [de rescisão] era paga ao FC Porto, mas tenho um grandíssimo respeito pelo presidente e pela instituição. Não é pelo dinheiro que estou aqui”, assegurou o técnico, que está vinculado aos ‘dragões’ até ao final da temporada.
Os ‘azuis e brancos’ medem forças com o Antuérpia na terça-feira, a partir das 20:00, no Estádio do Dragão, no Porto, para a quarta jornada do Grupo H da Liga dos Campeões, algumas horas depois do duelo entre Shakhtar Donetsk e FC Barcelona, em Hamburgo.
Vencedor da prova em 1986/87 e 2003/04, o FC Porto está no segundo lugar da ‘poule’, com seis pontos, contra nove dos espanhóis, que seguem na liderança isolada, enquanto os ucranianos ocupam a terceira posição, com três, e o Antuérpia é último, sem pontos.
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