A meio da semana passada, o suíço Roger Federer, agora um fenómeno por, aos 34 anos, continuar a jogar um ténis ao mais alto nível, derrotou Novak Djokovic, 28, que ultimamente parecia imbatível. Estava-se na fase de grupos do ATP World Tour Finals, que juntou em Londres os oito melhores tenistas do mundo, para encerramento do circuito profissional masculino. Chegados à final, disputada no domingo, 22, lá se encontraram, uma vez mais, o suíço e o sérvio. E Djokovic foi implacável: em 81 minutos, venceu Federer por 6-3 e 6-4.
Houve quem alimentasse a crença de que o suíço ainda seria capaz de derrotar o sérvio duas vezes na mesma semana. Mas as prestações de Djokovic, este ano, deviam ter diluído tamanha ilusão. Antes de Londres, o sérvio já tinha arrecadado 10 títulos em 14 finais (disputadas numa só época!), feito com que bateu um recorde que estava na posse do argentino Guillermo Vilas desde 1977.
Após a vitória londrina (na 15.ª final), Djokovic concluiu a temporada com 11 troféus, dos quais três do Grand Slam (Austrália, Wimbledon e EUA), seis da categoria Masters 1000 e ainda o ATP World Tour Finals. E há oito anos que não acontecia um tenista estar uma época inteira em 1º lugar do ranking. Federer conseguiu-o em 2007; Djokovic, em 2015.
Traduzindo por prémios monetários, o sérvio amealhou, esta temporada, mais de €15 milhões, superando em muito a soma do que ganharam Federer (cerca de €6 milhões) e Rafael Nadal (perto de €3 milhões). Na próxima época, Djokovic quer colecionar mais troféus, claro. Mas estará sobretudo focado em dois objetivos: conquistar Roland Garros, título que lhe falta, e arrecadar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro