Nos últimos anos, um espectro paira sobre a Humanidade: o de uma guerra generalizada com consequências imprevisíveis, mas seguramente trágicas. A invasão da Ucrânia por parte do exército russo, em fevereiro de 2022, e a brutal resposta israelita ao massacre do Hamas no Sul de Israel, no dia 7 de outubro de 2023, obrigaram vários países e instituições a escolher um lado, a (re)pensar alianças e a encarar o futuro próximo de um ponto de vista bélico. Há muito que não se falava de forma tão insistente e clara num reforço dos orçamentos destinados aos ministérios de defesa e ao investimento nos exércitos. A velha Guerra Fria, que prometia um equilíbrio tranquilizador, há muito que aqueceu… Segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), que faz uma monitorização da indústria global de armamento, em 2023 houve um aumento de 6,8% no investimento em armas em relação a 2022, num volume de negócios que atingiu o valor astronómico de 2 443 mil milhões de dólares. Em 2023, os países que mais investiram nas suas Forças Armadas foram os EUA, seguidos da China, da Rússia e da Índia. Nunca se viu a expressão “III Guerra Mundial” tão mencionada em redes sociais ou na imprensa como nestes últimos dois anos.
Um “amanhã melhor”?