Já usaram a fama para conseguir algo?
Miguel Guilherme: Já me aconteceu ser multado e o tipo dizer: “Eh pá! Este gajo! Porque é que você não veio ter comigo? Se eu soubesse, não o tinha multado!”
César Mourão: Já me aconteceu também. Um rapaz da EMEL: “Desculpe lá… Então agora bloqueei-o!”
Qual foi a última ilegalidade que praticaram?
MG: Já não me lembro. É sinal de que estou mais velho.
CM: Excesso de velocidade.
MG: Eu, se estiver em excesso de velocidade, é sem querer.
CM: Eu também foi sem querer. Mas paguei por isso.
Uma palavra que adorem.
MG: Gosto imenso da palavra “falho-lhe”.
CM: Gosto da palavra “amo-te”. Falho-lhe é muito bom! [Risos.]
MG: Nem nós dizemos bem! “Falho-lhe o pé.”
CM: Falho-lhe o pé! Eh pá, tão bom!
E uma palavra que detestem.
MG: Eu sei, mas não me lembro. Olha, põe aí amnésia.
CM: Eu lembro-me de algumas, mas não fica bem dizê-las numa entrevista.
Nós pomos as reticências no sítio certo.
MG: Diz lá, César!
CM: Há uma que eu detesto que é… nem consigo dizer… caganeira.
MG: Caganeira?!
CM: Eh pá, detesto essa palavra.
MG: Mas não é uma palavra forte!
CM: Para mim, é fortíssima.
MG: Não é tão ordinária quanto isso.
Qual é o palavrão que mais usam no trânsito?
MG: Talvez… cabrão. Mas não digo às pessoas [Miguel sussurra, como quem reprime a raiva]: “Olha-me este cabrão. ‘Olhó’ cabrão. Olha o que o cabrão fez.” É um comentário, não um insulto.
CM: [Ri-se muito.] Falho-lhe! Falho-lhe!
MG: Até de mim próprio! “Ei, que cabronice que eu fiz! Pá, sou mesmo cabrão!”
CM: Eu acho que é “f…-se”.