“O Egito está a propor ao [grupo islâmico] Hamas um acordo final e abrangente para acabar com a guerra e com garantias internacionais”, disse este sábado à agência de notícias espanhola EFE uma fonte de segurança do Egito, um dos principais mediadores entre o Hamas e Israel. O acordo visa uma trégua longa e inclui a garantia de que os combatentes do grupo islâmico não serão perseguidos, se o Hamas desistir do controlo da Faixa de Gaza.
A mesma fonte, que pediu anonimato, adiantou que “um acordo final está a ser formulado atualmente para um cessar-fogo e a libertação dos reféns” ainda mantidos pelo grupo islâmico. A proposta sobre a mesa “inclui um período de colocação em prática de um acordo que pode durar até 45 dias”.
O Hamas enviou este sábado, pela segunda vez em menos de uma semana, uma delegação de alto nível ao Cairo.
A pressão sobre o Hamas tem aumentado nas últimas semanas para que o grupo liberte os reféns, entregue suas armas e renuncie ao controlo de Gaza – que mantém desde 2007 – para acabar com a guerra que já matou mais de 51 mil habitantes daquele território desde outubro de 2023.
Na quinta-feira, o Conselho Ministerial da Liga Árabe, composto por 22 países, expressou o seu apoio à entrega do controlo da Faixa de Gaza ao governo da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), do presidente Mahmoud Abbas, afirmando que ele deve ser o único executivo que controla as armas e representa os palestinos perante a comunidade internacional.
No início do mês, o grupo islâmico rejeitou outra proposta de cessar-fogo em Gaza, na qual Israel insistiu no seu desarmamento, e disse que não estava “disposto a abrir mão das armas da resistência”.