A mortalidade por cancro ao longo dos últimos cinco anos tem mostrado “uma taxa de mortalidade padronizada com uma tendência decrescente”, independente da faixa etária, sendo consistentemente mais alta nos homens, segundo segundo dados do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas (PNDO), que mostram que a taxa de mortalidade por cancro de cólon e reto, estômago, próstata e pulmão baixou entre 2018 e 2022 em Portugal, enquanto a relativa ao cancro da mama estabilizou.
Quanto à incidência (novos casos), o documento refere que em 2018 e 2019 os dados passaram a ser compilados pelo Registo Oncológico Nacional, tendo havido uma alteração na metodologia de colheita, pelo que o ano de 2018 marca uma “quebra de série”. Por outro lado, a redução da incidência em 2020 poderá estar relacionada com o impacto da pandemia de Covid-19 no diagnóstico das doenças oncológicas. No período 2017 – 2019, confirma-se um aumento da taxa de incidência.
Portugal tem em vigor três rastreios de base populacional: cancro da mama, cancro do colo do útero e cancro do cólon e reto.
Em 2022 foram registados 801.867 internamentos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), dos quais 69.304 (8,6%) correspondem a utentes com diagnóstico principal de neoplasia maligna, tendência que se tem mantido ao longo dos últimos cinco anos.
Entre 2019 e 2023 aumentou cerca de 60% o número de doentes tratados com radioterapia, passando de 76.201 para 122.291.
O relatório indica ainda que o número de doentes tratados com quimioterapia e imunoterapia tem vindo a aumentar “gradual e lentamente” nos últimos anos, sendo na sua quase totalidade executados em regime de ambulatório. Em 2022 foram tratados mais de 350.000 doentes
O cancro é a principal causa de morte dos cidadãos da União Europeia (UE) com menos de 70 anos e a segunda causa de morte quando considerados todos os cidadãos da UE.