A Alemanha anunciou que planeia eliminar o uso de carvão até 2030 e deseja que 80% da eletricidade que produz tenha origem em fontes renováveis até ao mesmo ano. Segundo a BBC, o plano decorre do acordo que fará com que Olaf Scholz, líder do Partido Social Democrata da Alemanha, lidere o país à frente de uma coligação de três partidos formada pelos Verdes, sociais-democratas e liberais democratas.
De acordo com a Bloomberg, o país utilizará gás natural para facilitar a transição entre o carvão e as energias renováveis. Ao mesmo tempo, espera cortar as emissões em 65% em relação aos níveis de 1990, embora necessite de reduzir em, pelo menos, 70% a produção de gases de efeito de estufa até ao fim da década para cumprir a meta de 1,5 graus Celsius proposta pelo Acordo de Paris, revelou a organização sem fins lucrativos Climate Action Tracker.
Apesar das mudanças climáticas a que se propõe, Christoph Bautz, chefe da Compact, disse à Clean Energy Wire que esta “não parece uma coligação pelo progresso” ao revelar uma fraca adesão a veículos elétricos no país e esperar ter apenas 15 milhões nas estradas alemãs até 2030, considerando que o governo alemão não é “um governo climático de verdade” e que o movimento climático tem de continuar a pressionar a coligação nesse sentido.
As eleições nacionais da Alemanha ocorreram a 26 de Setembro e 118 lugares do Bundestag, parlamento alemão, foram ocupados pelos Verdes. Segundo a publicação Engadget, Scholz deverá contratar Annalena Baerbock, líder dos Verdes, para ministra das Relações Externas e Robert Habeck deverá conseguir a vice-presidência do governo, possibilitando que supervisione a transição energética do país.