Assinalando um novo ciclo de exposições, com trabalhos de Diana Policarpo, Francisca Rocha Gonçalves, Julianknxx e Tristany Mundu, o Centro de Arte Moderna da Gulbenkian organiza neste sábado, 22, um programa de conversas e performances. Neste dia, as exposições e as atividades são de entrada gratuita.
1. Coro em Rememória de um Voo, de Julianknxx
Chega do Barbican Centre, em Londres, antes de seguir para Madrid, esta exposição do artista, realizador e poeta Julianknxx, nascido em 1987, em Freetown, capital da Serra Leoa. Em vários filmes dá-nos, aqui, conta do projeto que o levou a nove cidades europeias (Lisboa incluída), onde, em conjunto com outros artistas, políticos e ativistas, fez uma abordagem pessoal da diáspora africana nesses lugares, que de forma dinâmica está sempre a construir e reconstruir identidades. Espaço Engawa > 22 fev-2 jun > Conversa Memórias, pertença e encontros: Um processo coletivo de criação e mediação, com Julianknxx, Jesualdo Lopes (curador e cineasta guineense), Paulo Pascoal (ator e escritor de origem angolana), Rafael de Oliveira (artista visual angolano) e Selma Uamusse (cantora moçambicana) > 22 fev, sáb 15h, Estúdio do CAM
2. Ciguatera, de Diana Policarpo

É a maior instalação feita até à data pela artista visual e compositora nascida em Lisboa, em 1986. Parte de uma viagem às ilhas Selvagens e a “ciguatera” do título remete para uma doença/intoxicação que resulta do consumo de peixe contaminado com toxinas. A galeria do Espaço Projeto é tomada por “rochas colossais” que exploramos entre sons e imagens que nos questionam sobre assuntos como ambiente, saúde, relação entre espécies, estruturas económicas e utopias. Espaço Projeto > 22 fev-28 jul > Conversa entre a curadora Chus Martínez e a artista Diana Policarpo, centrada na sua prática e na sua investigação > 22 fev, sáb 18h, Estúdio do CAM
3. Interferências no Tejo, de Francisca Rocha Gonçalves

Com formação em ciências biológicas e media digitais, a artista nascida no Porto, em 1978, leva-nos aqui para as profundezas do Tejo, propondo-nos uma “instalação sonora imersiva.” Chamamentos e delicados sons de peixes e outras espécies subaquáticas misturam-se com os ruídos produzidos pelo Homem. Este projeto integra o programa europeu Bauhaus of the Seas Sails que se dedica à vida nos oceanos em tempos de crise climática. Sala do Som > 22 fev-19 mai > Performance da artista Francisca Rocha Gonçalves, a partir da sua instalação Interferências no Tejo, recorrendo a luz, som e gelo > 22 fev, sáb 20h, Jardim
4. Cidade à Volta da Cidade, de Tristany Mundu

Tristany afirmou-se como uma das mais interessantes e singulares vozes do hip-hop nacional. Mas desde cedo se percebeu que as suas ambições artísticas são multidisciplinares. Nesta sua primeira exposição individual misturam-se registos em vídeo e objetos têxteis (“bandeiras”) que nos falam da(s) identidades(s) da Linha de Sintra, onde o artista, nascido em 1995, cresceu. Sala de Desenho > 22 fev-5 mai > Performance Bandeiras são prédios ke a gente veste aqui, de Tristany Mundu > 22 fev, sáb 17h, ponto de encontro: átrio do CAM
Centro de Arte Moderna > R. Dr. Nicolau Bettencourt, Lisboa > qua-sex, dom-seg 10h-18h, sáb 10h-21h (última entrada 30 minutos antes do encerramento) > €8 (exposições temporárias), €12 (coleção do CAM + exposições temporárias)