Jorge, feito de papel de tinta, vive dentro de uma moldura especial, numa casa cheia de fotografias. Os seus pais, às vezes, não sabem onde é que Jorge anda porque ele adora saltar de moldura em moldura e assim descobrir o que elas guardam. A história de Retrato Falado é contada a partir da plateia para o palco. Cá em baixo, o ilustrador João Fazenda manipula e projeta os seus desenhos e outros elementos criados por si. As projeções misturam desenho ao vivo com transparências, sombras chinesas e slides, para contar a aventura de Jorge, de forma visual e feita no momento, sem intervenção digital. Em palco, está Bruno Humberto que toca pequenos instrumentos, cria sons variados e trata também de narrar o texto escrito por Pedro da Silva Martins (o compositor e guitarrista do grupo Deolinda). Tudo isto é feito à vista do público, permitindo assistir ao espetáculo e, ao mesmo tempo, ver como este é feito.
Retrato Falado começou por ser uma encomenda do Serviço Educativo do Teatro Maria Matos feita a João Fazenda, cuja única premissa era partir da componente visual como elemento central. Agora, no LU.CA – Teatro Luís de Camões, o espetáculo para crianças, a partir dos seis anos, volta à cena, integrado no ciclo que comemora os dez anos do Programa para Crianças e Jovens do Maria Matos. E que inclui ainda, nas paredes do entrepiso do LU.CA, uma intervenção interativa de João Fazenda (a entrada é grátis), na qual qualquer um pode participar, juntando algo às ilustrações do artista.
Retrato Falado > LU.CA – Teatro Luís de Camões > Cç. da Ajuda, 80, Lisboa > T. 21 593 9100 > 10-11 nov, sáb 16h30, dom 11h > maiores de 6 anos > €3 crianças, €7 adultos