Depois de nos últimos anos terem sido cabeça-de-cartaz nalguns dos mais importantes festivais de música europeus, os Cure estão de regresso à estrada para uma extensa digressão em nome próprio, a maior desde 2008, na qual passam em revista 37 anos de canções, entre êxitos de sempre, temas menos conhecidos e até, como já prometeram, alguns inéditos.
Da formação original que se deu a conhecer nesse cada vez mais longínquo mês de dezembro de 1978, com o single Killing an Arab, apenas se mantém o vocalista Robert Smith, desde há alguns anos acompanhado por Simon Gallup (baixo), Jason Cooper (bateria), Roger O’Donnell (teclados) e Reeves Gabrels (guitarra). Aos 59 anos, é este “rapaz imaginário” quem continua, desde há muito, a manter vivo o espírito de uma banda que, tal como o característico (des)penteado do seu líder, tem-se conseguido manter incólume ao tempo e às tendências da moda e do mercado, como mais uma vez se comprovou na última visita a Portugal, na edição de 2012 do Alive, onde deram um concerto com mais de três horas, perante uma multidão totalmente rendida a êxitos como Pictures of You, Lovesong, Just Like Heaven, Friday I’m in Love ou Boys Don’t Cry. Porque é precisamente esse o segredo dos The Cure, a intemporalidade das suas canções e o modo como, ao vivo, soam sempre tão derradeiras, como se fosse sempre a primeira e a última vez a serem ouvidas.
The Cure > Meo Arena > Rossio dos Olivais, Lisboa > T. 21 891 84 09 > 22 nov, ter 20h > €35 a €55