
Inaugurada há cerca de um ano, no Porto, a galeria Sala 117 tem no seu acervo obras de Ângelo de Sousa, Arpad Szenes, Fernando Lanhas, Júlio Pomar e Júlio Resende, entre outros
É um regresso ao passado, às décadas de 80 e 90 do século XX. Depois de alguns anos sem expor no Porto, a obra de Armanda Passos instala-se nos dois pisos da Galeria 117, a partir deste sábado, 12. E leva os visitantes a vaguear, por entre quadros de fantasia poética que, mesmo sem uma narrativa, lembram como é sonhar de olhos abertos. Em Sobre Papel, voltam as mulheres robustas, corpulentas, coloridas e sempre rodeadas de bichos, revelando o universo íntimo, cheio de luz e de fantasia, da pintora. Na exposição, reúne-se um conjunto de 24 obras em guache, pastel seco (pela primeira vez) e aguada, de médio formato, que parece, diz a poeta Adília Lopes, “falar à imaginação”. “A imaginação é a liberdade, a saúde. Escusado será dizer que é isto que vejo nos desenhos e nas pinturas da Armanda Passos”, escreve também Adília Lopes, num texto que acompanha o catálogo da exposição. Embora Adília Lopes veja alegria nas cores utilizadas por Armanda Passos, reconhece que existe crueldade, num par de mulheres que é recorrente neste conjunto de obras de Armanda Passos. São elas amigas ou inimigas? Irmãs ou comadres?
Sala 117 > R. Damião de Góis, 200, Porto > T. 22 012 9924 > 12 nov-17 dez, seg-sáb 15h-19h