
Marta Madureira é uma das ilustradoras convidadas do Braga em Risco
Começou com a ideia de “marcar pela diferença”, aliando a ilustração a outras artes, como a música, o cinema e o teatro. Surgiu, assim, o Braga em risco, o primeiro encontro de ilustradores na cidade, que começa este sábado, 12, e se prolonga até ao próximo dia 20. Depois dos festivais de música e dança, para Lídia Dias, a vereadora da Cultura da câmara de Braga, “era preciso algo mais no âmbito das artes visuais, uma abordagem arrojada”.
É na Casa dos Crivos que está a exposição central, com curadoria de Pedro Seromenho, que reúne 23 ilustradores, entre os quais está Anabela Dias, Cátia Vidinhas, Marta Madureira, Danuta Wojciechowska, Mafalda Milhões e Marc Parchow, que aceitaram “ver, sentir e representar a cidade de Braga”.

A cidade de Braga, numa ilustração de Anabela Dias
Os trabalhos expostos, segundo Pedro Seromenho, “refletem o talento e a singularidade” de vários autores premiados e reconhecidos a nível nacional, a par de valores emergentes que “vão dar que falar”. Na exposição Braga 22 x 22, que vai estar patente na Casa dos Crivos, os artistas desenham um novo perfil da cidade, em traços únicos e inconfundíveis. Por lá se “vê Braga por um canudo”, as portas sempre abertas, os monumentos, as ruas, os rostos, as cores e as histórias à espera de serem contadas.
A partir da exposição na Casa dos Crivos, surge uma mão-cheia de atividades paralelas que ocupam todo o centro histórico da cidade. Do Museu da Imagem à Praça da República, dos Claustros da Rua do Castelo ao Theatro Circo. São seis, as exposições, onde está Dança, de João Fazenda, o vencedor do Prémio Nacional de Ilustração 2015, e O Jardim, de Vasco Araújo.
Além da mostra de cinema da Animatographo, que reúne a trilogia de infância de Regina Pessoa e a longa-metragem brasileira O Menino e o Mundo, há uma instalação artística e performances, apresentação de livros, horas do conto, um concerto de Rui Carvalho, o Filho da Mãe, oficinas do risco orientadas por Rachel Caiano, Paulo Galindro e Madalena Marques, para os mais pequenos.

Cátia Vidinhas inspirou-se na expressão “ver Braga por canudo” para a coletiva de ilustração
Para Pedro Seromenho, que vai apresentar no Theatro Circo A Cidade que Queria Viver no Campo, o seu mais recente livro, este “é um encontro ambicioso”, que pretende reunir num “mapa nacional da ilustração” cidades como São da Madeira e Braga bem como a vila de Óbidos.
O encontro inclui também um animado Mercado Riscado, que este sábado, 12, vai transformar a Rua do Castelo numa galeria, onde será possível “comprar, observar o trabalho ao vivo ou conversar” com os ilustradores Adão Silva, Anabela Dias, Mafalda Milhões ou Sara Feio. É, em suma, para brincar entre linhas e sarrabiscos.
Braga em Risco > Casa dos Crivos (núcleo central) > R. de S. Marcos, 41, Braga > T. 253 615 288 > 12 nov-3 dez, seg-sáb 10h-13h, 14h-18h> grátis