Primeiro Tavira, agora Bragança. Depois de Palácio de Espanto, apresentada no Palácio da Galeria, Casa de Espanto desenha um novo encontro de obras da Coleção da Caixa Geral de Depósitos, com peças inéditas de um artista convidado e objetos de museus de antropologia, arqueologia e etnologia da região anfitriã, que neste caso será Trás-os-Montes.
Não se cingindo ao confronto com peças de outros geografias e tempos, esta segunda exposição reincide na experiência artística centrada nas características simbólicas rituais e sociais. Nesta incursão no mapa do espanto e suas constelações, o curador Bruno Marchand inclui um conjunto de obras de Renato Ferrão, nas quais a interação da luz com pequenas peças escultóricas devolve ao público imagens espetrais. A elas juntam-se artefactos da região transmontana, marcados por lendas, fábulas e rituais pagãos.
Assim, a Renato Ferrão, associam-se obras de Ana Jotta, Gaëtan, Jorge Molder, Noronha da Costa, Pedro Sousa Vieira, Ricardo Jacinto e Rosângela Rennó, todas da Coleção da Caixa Geral de Depósitos, bem como os ditos artefactos de espólios do Museu do Abade de Baçal, do Museu Militar de Bragança e do Museu Etnográfico Dr. Belarmino Afonso.
Da ligação entre todas estas peças espera-se, diz Bruno Marchand, ver surgir “diálogos e contrates”, numa tensão produtiva e desafiante, que permita ao público “uma imersão no espaço de desconcerto e intensidade de uma Casa de Espanto”.
Casa de Espanto, em torno da Coleção da Caixa Geral de Depósitos > Centro de Arte Contemporânea Graça Morais > R. Abílio Beça, 105, Bragança > T. 273 302 410 > 29 out-5 fev, ter-dom 10h-18h30 (exceto 25 e 1 dezembro) > €1 a €2