
Numa época em que as drogas faziam parte do dia a dia de Mark Lanegan, é caso para dizer que foi o rock a salvar-lhe a vida. Chegou a estar preso durante um ano e foi mesmo num curso de prevenção para a toxicodependência que acabaria por conhecer Van Conner, o baixista com quem viria a formar os Screaming Trees. Enquanto líder desta banda, na viragem das décadas de 80 para 90, foi um dos protagonistas do renascimento do rock, por via do grunge. O percurso de Mark Lanegan confunde-se aliás com grande parte da história do rock alternativo americano das últimas três décadas. Fez parte dos Mad Season e dos Queen of the Stone Age, colaborou com nomes como Twilight Singers, Mondo Generator ou Moby e assinou ainda diversos álbuns em conjunto com Isobel Campell (antiga vocalista dos Belle and Sebastian) e Greg Dulli, dos The Afghan Whigs, com quem formou a dupla The Gutter Twins. Mas tem sido a solo que a sua voz rouca de barítono, esculpida a álcool e tabaco, mais tem sobressaído, valendo-lhe comparações a mestres como Tom Waits ou Leonard Cohen. Mark Lanegan, aos 51 anos, continua apenas a ser ele próprio e esse é talvez o maior elogio que lhe pode ser feito.
Theatro Circo > Av. da Liberdade, 697, Braga > T. 253 203 800 > 29 mai, dom 21h > €18 a €25
Cinema São Jorge > Av. da Liberdade, 175, Lisboa > T. 21 310 3400 > 30 mai, seg 21h > €20 a €26