Não é propriamente um baralhar da fórmula, já que estão aqui muitos dos condimentos de puro entretenimento do Universo Cinematográfico Marvel. O filme começa por um simples pesadelo, que assombra todas as noites de Dr. Estranho. Até que a passagem entre diferentes versões da realidade se torna assustadoramente incontrolável e a história carrega nos contornos negros das personagens, que contagiam igualmente as imagens e os efeitos especiais. O responsável por esta viragem terrífica é o realizador Sam Raimi, que regressa aos super-heróis, 20 anos após ter realizado a primeira trilogia de Homem-Aranha, sucesso de bilheteiras protagonizado por Tobey Maguire e Kirsten Dunst.
As estrelas desta produção Marvel também ajudam a explicar o bom acolhimento que teve no cinema, aquando da estreia, em maio. Um convincente Benedict Cumberbatch surgiu pela primeira vez, em 2016, no papel de Stephen Strange, o neurocirurgião de prestígio mundial que perde a sensibilidade das mãos na sequência de um acidente de viação. Como não encontra a cura na medicina convencional, vai em busca de um tratamento alternativo em Kamar-taj, um lugar místico onde acaba por desenvolver outras capacidades que o transformam no mais poderoso feiticeiro do planeta. O Mestre das Artes Místicas, capaz de controlar a energia e moldar a realidade, dedica-se então a combater as forças ocultas que pretendem destruir o planeta. Neste segundo filme, o Dr. Estranho vê uma das aliadas, Wanda Maximoff (ou Feiticeira Escarlate, interpretada por Elizabeth Olsen), passar por uma conturbada transformação. Uma personagem complexa e atormentada, que rouba as atenções da trama. Mas poupemos os leitores aos spoilers.
Dr. Estranho no Multiverso da Loucura > Disney + > Estreia 22 jun, qua