Tinha 15 anos quando começou a fazer greve às aulas e, sentada no chão à porta do Parlamento sueco, quis chamar a atenção para a crise climática. No verão de 2018, Greta Thunberg, agora com 17 anos, tornava-se líder de um movimento contra as alterações climáticas que junta milhares de jovens em todo o mundo.
Daí para a frente já fez História e o sueco Nathan Grossman captou as ações mais marcantes no documentário I Am Greta (1h37) da plataforma de streaming Hulu. O que para o realizador seria uma curta-metragem sobre ativistas infantis transformou-se no retrato de uma adolescente com síndrome de Asperger que foi eleita Personalidade do Ano 2019 pela revista Time, revelando também o lado mais privado da ativista, mostrando como lidou com o stresse das viagens ininterruptas e do constante escrutínio público.
“Conseguiu enquadrar-me como sou na realidade e não como a pessoa que os meios de comunicação mostram. Não como a criança zangada e ingénua que se senta na Assembleia Geral das Nações Unidas a gritar aos líderes mundiais. Faz-me parecer mais tímida e nerd, mas é assim que eu sou”, disse Greta aquando da estreia do documentário em setembro no Festival de Cinema de Veneza. E, respondendo a quem a acusa de ser manipulada, frisou: “Algumas pessoas dizem que espalho teorias da conspiração. Ou que não penso por mim. Ou que alguém escreve os meus discursos. No filme, pode ver-se que isso não é realmente verdade e que, claro, falo por mim e decido tudo por mim.”
I Am Greta > Estreia 13 nov, sex > Hulu