Chapéu branco na cabeça, camisa amarela, colete preto, lenço vermelho à volta do pescoço, uma pistola pendurada no cinto e botas de cabedal. A imagem é inconfundível e até a sua sombra é reconhecida em todo o mundo da Nona Arte e não só. Mas Lucky Luke, o cowboy “mais rápido do que a própria sombra” começou com um desenho ingénuo, de contornos arredondados e com apenas quatro dedos. Evoluiu depois para uma espécie de galã, imagem talvez inspirada em Gary Cooper, ator de Hollywood que Morris, o seu criador, tanto admirava. Maurice de Bévère, mundialmente conhecido como Morris (1926-2001), publicou a primeira história de Lucky Luke, Arizona 1880, no almanaque Spirou, no fim de 1946. Com estas suas aventuras, aprende-se também sobre a História Mundial em geral e a americana em particular, desde a construção do caminho de ferro, o aparecimento do telégrafo e da imprensa escrita, o desenvolvimento das cidades, o crescimento do país para Oeste e a consequente colocação dos índios em reservas.
Para este fim de semana, dias 26 e 27, a RTP2 escolheu dois filmes de animação para recordar o herói. No sábado, 26, passa Daisy Town (1971), a primeira longa-metragem animada adaptada das aventuras de Lucky Luke. Depois dela fizeram-se mais três filmes de animação e cinco séries de televisão. Esta é uma realização do argumentista francês René Goscinny (1926-1977), um dos autores de Astérix e Obélix, que se juntou a Morris, em 1955, e haveria de ressuscitar os irmãos Dalton. Este quarteto que existiu mesmo e aterrorizou o Velho Oeste, entre 1890 e 1892, serviu de inspiração para criar as personagens dos primos de Lucky Luke, que surgem no sexto álbum, Fora da Lei. Domingo, 27, à tarde, vê-se A Balada dos Dalton (1978), onde os quatro bandidos passam a foragidos da prisão. Mas Lucky Luke, acompanhado do cavalo Jolly Jumper e do cão Rantanplan, vai salvar a cidade dos fora da lei.
Daisy Town > 26 ago, sáb 18h25
A Balada dos Dalton > 27 ago, dom 18h40