![festival ao largo 2 alfredo rocha.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/9021253festival-ao-largo-2-alfredo-rocha.jpg)
Todos os sábados, a partir de 9 de julho, a RTP2 transmitirá, em direto, os concertos do Festival ao Largo
Dez anos depois, o slogan da RTP2 “quem vê, quer ver” foi substituído por o de uma estação “culta e adulta”. A nova imagem gráfica e a assinatura do canal público, que oferece “o sabor do saber”, como descreve a sua diretora Teresa Paixão, surge agora em tons de amarelo limão e rosa, cores que pretendem representar um canal mais diversificado. Em alternativa aos outros generalistas, diz Teresa Paixão, trata-se de “um canal onde se aprendem coisas, para pessoas que querem saber”.
A principal mudança da grelha de verão, apresentada na passada segunda-feira, 9, é o Jornal 2, apresentado pelo jornalista João Fernando Ramos, ter início às 21 e 30. No próximo domingo, 15, Diálogo das Carmelitas, marca o regresso da RTP2 às gravações de ópera. Uma encenação de Luís Miguel Cintra, cenografia de Cristina Reis e realização de Pedro Miguel Martins, gravada há dois meses no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa. Será deste mesmo teatro que todos os sábados, a partir de 9 de julho, serão transmitidos, em direto, os concertos do Festival ao Largo. Ainda em maio, dia 29, os 90 anos do 28 de maio de 1926 são assinalados com A História da Pide, nove episódios que contam a história da fundação do Estado Novo, num trabalho documental de Jacinto Godinho, feito com muito material de arquivo da própria RTP e da Cinemateca Portuguesa.
“Enquanto os outros canais generalistas passam duas novelas, nós passamos quatro programas”, afirma Teresa Paixão. A grelha de programação mantém os seis documentários semanais, às 23 e 30, incluindo, por exemplo, biografias de atores ou a história da Coca-Cola. São documentários que vão permitir “uma cultura mais de sala, para estar com amigos”. No que diz respeito às séries de ficção, serão obras “com temas menos densos”. O tom de comédia surge em Paraíso (22 de junho), cuja primeira temporada já passou, sobre o aparecimento do pronto-a-vestir no Reino Unido. Em Paris (4 de julho), uma produção francesa de seis episódios, conta-se a aventura de várias pessoas na capital de França, em jeito de crónica de viagens. Já O Palácio (12 de julho), série britânica da rede de televisão ITV, revela intrigas palacianas da monarquia passadas na atualidade.
Teresa Paixão considera ainda Invadindo Bergman (11 de julho) uma verdadeira “pérola”. A produção sueca juntou realizadores como Woody Allen, Francis Ford Coppola, Martin Scorsese e Michael Haneke na casa de Ingmar Bergman, na ilha Farö, no mar Báltico, para verem imagens que o cineasta sueco filmou e nunca usou. O cinema continuará a ocupar lugar de destaque na grelha de verão com os habituais ciclos. Depois de um mês de maio dedicado ao indiano Satyajit Ray, será a vez de Heddy Honigmann, realizadora peruana-germânica de documentários artísticos (junho), de Paulo Rocha, da atriz Maria Barroso (julho) e do ciclo Amores de verão, em agosto, com filmes comentados. Mesmo estando mais “culta e adulta”, a RTP2 não esquece o público mais novo. Para os jovens entre os 10 e os 13 anos, chegam Jogos Reais, em contraponto com os jogos virtuais. Uma produção própria do canal, com apresentação de Pedro Leitão, aos sábados à tarde a partir de agosto, a fazer lembrar os saudosos Jogos Sem Fronteiras.
Apesar da mudança, na RTP2, continuarão a estar presentes os grandes eventos desportivos: em julho, a estação passará documentários sobre a Tour de France e, em agosto, sobre as modalidades menos mediáticas dos Jogos Olímpicos.