1. Mogege
Sempre que pode, Helena Freitas volta a Mogege, aldeia do concelho de Vila Nova de Famalicão, terra dos avós maternos e onde nasceu “durante as vindimas”. “Tive uma infância muito livre. Passava lá as grandes férias. Com a aldeia tenho vínculos de afeto, cumplicidade, ligação à terra, à floresta e à agricultura. Costumo dizer, por brincadeira, que se algum dia aceitasse um desafio autárquico era o de ser presidente da Junta de Freguesia de Mogege [risos].”
2. África
Da última vez que a investigadora visitou o continente africano foi ao Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, onde desenvolve alguns projetos. “Adoro tudo o que tem que ver com África, na sua expressão da Natureza, muito rebelde e selvagem. É um território que me inspira e interpela”, diz, destacando também os mangais do arquipélago de Bijagós, na Guiné-Bissau, e o deserto do Namibe, no Sul de Angola.
3. Biodiversidade
A conservação da Natureza e da biodiversidade tem motivado as suas “escolhas de vida”, tanto na qualidade de diretora do Parque de Serralves como, anteriormente, do Jardim Botânico de Coimbra ou enquanto professora catedrática na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. “Se respeitarmos a biodiversidade, respeitamos a vida em geral”, sublinha.
4. Filmes de vida
Adorou Cinema Paraíso, de Giuseppe Tornatore, devido aos “valores humanos do afeto, amor e generosidade”, e África Minha, de Sydney Pollack. Além dos filmes de Woody Allen, “em especial Annie Hall, porque vai transitando de absurdo em absurdo de uma forma hilariante”.
5. Nova Iorque
Sempre que pode viaja até à cidade que nunca dorme: “Porque gosto de moda, de modernidade, de perceber as escolhas do futuro, os jovens, a inovação, a tecnologia, e os limites da construção humana. E de me sentir nesse universo mais caótico, brutal e às vezes agressivo.”
6. Liberdade e democracia
“Falta liberdade para conseguirmos ter um mundo mais justo, na medida em que as mulheres ainda são oprimidas nas sociedades em geral e em que só 30% das sociedades do mundo são democráticas”, aponta.