1. Alto Alentejo
Na região do Alto Alentejo, consegue encontrar sossego: “Lá sinto-me ser. Vejo o céu da noite. Respiro o ar convidativo da madrugada. Olho para as árvores companheiras. Não conto o tempo do tempo. Penso sem as contingências da cidade.” No início de dezembro, Bagão Félix lançou o livro Palavras Descruzadas (Clube de Autor), com exemplos de bem escrever e falar em português.
2. Tia Alice, em Fátima
No que toca a restaurantes, o ex-ministro das Finanças escolhe o Tia Alice, em Fátima, por nele convergir “a excelência da verdadeira cultura gastronómica: a inexcedível qualidade, a genuinidade da comida portuguesa sem artifícios ou modismos, o trato tão elegante quanto eficiente, o ambiente suavemente aconchegante, a tradição do legado familiar”.
3. Tasca do Montinho, em Avis
Na região de Avis, a Tasca do Montinho é uma paragem obrigatória e merece o melhor elogio: “O de lá comermos como se fosse a nossa comida caseira. Tudo na medida certa: o sabor e o tempero da refeição alentejana, a qualidade do serviço, o conversar com pessoas sobre assuntos saborosamente simples da vida.”
4. Estádio da Luz, em Lisboa
Benfiquista ferrenho, não é pois de estranhar a escolha. No Estádio da Luz, diz, “estou em casa estando fora dela, fortaleço amizades e dou-me aos sonhos. Onde associo coração e razão, vitamina e analgésico, fermento e adoçante, saudade e desafio, cumplicidade e aconchego. E, como acontece com a pessoa amada, lá o verdadeiro teste do amor concretiza-se nos momentos difíceis”.
5. A sua casa
“Nela deambulo entre milhares de livros que me são animicamente patrimoniais. Onde nada se perde e tudo se pode (re)ler. Onde a memória e o sonho se fundem entre a vida vivida e a vida por viver.”
6. Jardins botânicos
Bagão Félix é um apaixonado por jardins botânicos. “Neles se cruzam as nossas vidas apressadas e a das árvores sem pressa. Cultura pura porque emana de um ideal ético de harmonia do Homem com a Natureza. Cultura pura de gratidão pelo oxigénio que respiramos.” Por isso, lamenta: “Pena que se assista à indiferença pública e degradação destes lugares de recreio, história, estudo e afeto. Jogassem futebol num jardim botânico e o problema estaria, por certo, resolvido…”